Estrutura de concreto de cais da Orla de Bragança se rompe
As chuvas contribuíram para o processo de erosão, o que ocasionou o desabamento de parte da estrutura de concreto do cais de arrimo da orla do Caeté na tarde de sexta-feira, 05 (da semana passada), que recentemente recebeu alto investimento.
Como consequência uma enorme cratera se abriu e parte do sedimento está indo direto pro rio.
Com o ocorrido o local foi isolado. Mas a fita de sinalização se rompeu com o forte vento. Mesmo diante do estado crítico do espaço, pessoas caminham por perto como se não houve nenhum risco.
Considerado como um dos agravantes pela prefeitura, as embarcações usam a estrutura como 'atracamento'.
No mesmo dia da queda, o vereador Rivaldo Miranda usou sua página de facebook para denunciar.
Segundo ele, “No final de março de 2017, mesmo não licitada, a Prefeitura iniciou a obra do muro de arrimo/contenção na Orla de Bragança, custeando todo material de construção. Na época o secretário de infraestrutura, acompanhou todo o processo. Com a obra já adiantada, a gestão resolveu fazer processo licitatório no dia 24/05/2017, com 2 meses após a obra iniciada”. Rivaldo ainda publicou “que somente a empresa do ex-secretário de obras apareceu e apresentou proposta. Para a obra a prefeitura disponibilizou R$ 1.483.815,70”, e propondo a empresa licitada a fazer por um pouco menos R$ 1.464.799,43”.
Orçada neste valor, a obra iniciada em 02 de junho de 2017, teria prazo de 180 dias. Terminando o prazo, um novo foi estabelecido, e até agora não há previsão de conclusão da obra.
Segundo o vereador, do valor total referente ao serviço, a prefeitura já empenhou mais de R$ 1 milhão e 100 mil.
Em resposta as acusações sofridas em redes sociais, a prefeitura imediatamente usou os mesmos espaços para se defender e emitiu uma nota sobre o fato.
Segunda a nota, obra de contenção que cedeu não é da atual gestão, mas da gestão de José Diogo. E disse ainda, que a obra atual, em nada influencia a estrutura antiga. Que diante da fatalidade será feito laudo e alguns pontos centrais serão averiguados, entre eles: o excesso de peso na terra, por causa da forte chuva. Que a corrosão de parte da estrutura de concreto armado, que ajudava a sustentar o bloco, que cedeu. A prefeitura afirma que os barcos atracados influenciam com a pressão um esforço extra não previsto contribuindo com o ocorrido.
Na nota, a prefeitura repudia as acusações feitas pelas mesmas pessoas, consideradas por ela como “inimigos da gestão”, por serem oportunistas usando até os fenômenos naturais.