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Obstrução de acesso a comunidade da Pontinha é discutido em mesa redonda em Tracuateua



Um das vítimas que preferiu não se identificar, quase foi atingido por uma bala. Ele e outros companheiros foram recebidos a tiros quando visitavam a área que até então era livre para as comunidade remanescentes de Pontinha e Cigano, localizadas há 4 km da sede do município de Tracuateua.


Entre as vítimas dos disparos estava o professor e pesquisador Fabrício Santos da Universidade Federal do Pará, campus Castanhal. O professor estava no local por um convite dos comunitários.


O conflito começou a ser gerado desde setembro do ano passado. A via de acesso das comunidades, além de um rio, foram isoladas pelo então proprietário da área. Antes disso, o acesso era livre, e os moradores da comunidades tinham entre sim apenas 500 metros de distância.


O conflito gerado a partir daí motivou uma mesa redonda que ocorreu no salão paroquial da Igreja São Sebastião, em Tracuateua, na manhã de sábado, 27.


Representantes das três comunidades remanescentes daquela região: Torres, Pontinha e Cigano, se reuniram para reivindicar.


Participaram nas mesas de discussões, representantes da Universidade Federal do Pará, o setor da OAB que integra a comissão de defesa e igualdade racial, etnia e direitos dos Quilombolas, universitários e comunidade em geral.


Segundos os pesquisadores da UFPA, estas comunidades estão na região há décadas e estão com seus direitos de livre acesso interrompidos.


Para Jorge Farias, presidente da comissão da OAB, o caso está sendo investigado e tramita na justiça. Nos próximos dias uma resposta definitiva poderá encerrar o conflito.


A audiência foi a forma legal encontrada pelos pesquisadores, para evitar tragédias.

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